Funcionários da Central (Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística) pagavam do próprio bolso peças de reposição e ferramentas compradas para serem usadas na manutenção dos bondes de Santa Teresa, segundo afirmou nesta segunda-feira (29) o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Valmir Lemos.
O acidente com um bonde que descarrilou e matou cinco pessoas, além de ferir outras 57, no sábado (27) expôs a precariedade dos bondinhos, um dos cartões postais mais bonitos do Rio e patrimônio tombado pelo Inepac (Instituto Estadual de Patrimônio Artístico e Cultural) desde 1998.
Dos oito bondes disponíveis atualmente, apenas a metade está em circulação. Os demais estão parados por falta de manutenção, de acordo com Lemos.
Tem bonde, mas não tem investimentos. Fico me perguntando para onde vai o dinheiro.
Lemos disse estranhar a informação de que uma das sapatas do freio havia sido trocada há apenas dez dias. Peritos e engenheiros do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) observaram no domingo (28) que metade da sapata estav quase gasta.
Além disso, o bonde tinha um arame no lugar de um parafuso em um dos eixos que prende as rodas traseiras.
O sindicato criou uma comissão para acompanhar as investigações sobre as causas do acidente.
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