
Única representante do Brasil no taekwondo feminino, Natália Falavigna não conseguiu repetir o bom desempenho de Diogo Silva na modalidade e foi derrotada logo em sua primeira luta na categoria acima de 67kg. Na manhã deste sábado, a brasileira perdeu o combate para a sul-coreana In Jong Lee e já não possui mais chances de brigar por medalha nos Jogos Olímpicos de Londres.
Como Jong Lee perdeu a luta seguinte, para a francesa Anne-Caroline Graffe, por 7 a 4, Falavigna não pode nem mesmo ir para a repescagem lutar pelo bronze, medalha que conquistou em Pequim-2008.
O confronto da brasileira ficou marcado por um verdadeiro apagão de Natália no segundo round. Com o duelo equilibrada, a paranaense foi completamente dominada na segunda parcial e viu a adversária abrir 12 a 4, o que foi essencial para a desclassificação da brasileira.
Após o combate, Falavigna saiu reclamando de dores no pé e, já sem chances de seguir na disputa em Londres, foi para a Policlínica da Vila Olímpica realizar exames. A brasileira foi constatada com uma fratura no tornozelo direito.
"A lesão foi constatada e, mesmo se avançasse para a repescagem, a atleta não teria condições de competir. A atleta sempre deve ser preservada", declarou José Alfredo Padilha, chefe-médico da missão brasileira em Londres.
Já depois da luta, Falavigna foi atendida e teve o tornozelo imobilizado, seguindo em seguida para as acomodações na Vila, onde permanece em repouso. Exames complementares serão realizados no decorrer da semana, quando a atleta saberá o tempo estimado de recuperação.
O combate começou amarrado e com ambas as atletas procurando o melhor momento para atacar. Em sua primeira investida, as duas lutadoras acertaram golpes, mas apenas a brasileira teve ponto computado. Rapidamente o técnico da sul-coreana pediu a revisão do ataque e a arbitragem constatou que Natália havia levado um chute no capacete. Assim, a brasileira começou o combate em desvantagem por 3 a 1.
Em busca de recuperação, Natália rapidamente conseguiu marcar o seu segundo ponto e forçou a adversária a atuar de forma mais defensiva. Pouco antes do fim do primeiro round, a brasileira acertou um chute rodado no colete da sul-coreana e virou o marcador.
Porém, o que parecia ser um combate a favor da brasileira se tornou um verdadeiro pesadelo. Logo no início do segundo round, a sul-coreana acertou três golpes consecutivos, sendo dois chutes no capacete, e abriu larga vantagem: 12 a 4.
Na terceira e última parcial, Natália, que ainda sentiu uma lesão no pé, voltou mais consistente e não deu espaço para que a adversária conseguisse contra-atacar. Veloz, a brasileira diminuiu o prejuízo para 12 a 9, mas não conseguiu manter o ritmo e pagou caro pela desatenção no segundo round.
Após o combate, a atleta do Brasil lamentou a dificuldade na chave e não demonstrou muita preocupação com a lesão no pé.
"Chave não favoreceu, mas gosto de desafio. O movimento no pé logo no início atrapalhou um pouco. Tive que me jogar muito para ela não por peso em cima e, sem uma boa movimentação contra um coreano, você perde todo o seu jogo.Torci o pé ainda no primeiro round. Estávamos trocando golpes, e eu senti. Não sei o que foi ainda, vamos ver. Vamos para o pau e depois cuida", comentou.
Nenhum comentário :
Postar um comentário